O DOGMA PROGRESSISTA: UM CAMINHO SEM VOLTA



De acordo com a concepção progressista - linear e com melhoria tendendo ao infinito - é inconcebível que os homens unidos na sociedade possam fazer escolhas opostas às que ocorreram ao sinal da ruptura com as restrições de um passado considerado opressivo e obscurantista - considerado este como dominado pelo primado do ser sobre o devir, o vir-a-ser - e já se tornou realidade, ou não é aceitável que alguém dê as costas ao que foi sancionado a ser a "conquista de um novo direito civil".

Este é o caso, por exemplo, das leis que permitem a prática de aborto irrestrito, já em vigor em alguns países ocidentais. Para os progressistas, a simples hipótese de que tais leis sejam abolidas - e que irá ser substituídas por legislação diametralmente oposta, ou seja dedicada a promover a natalidade, num contexto de revalorização da família natural, a ser colocado no centro de uma política real de reconstrução nacional - é simplesmente absurdo, uma vez que estaria em contradição com o seu sentido de história.

Para os progressistas, de fato, é inaceitável e, na verdade, "fora da história" que:

1 - você reconheça a dignidade de pessoa dada ao embrião humano e que seja proclamado o dever do Estado em defendê-lo;
2 - ou que se afirme o valor fundamental da taxa de natalidade como garantia física de continuidade da nação;
3 - ou o reconhecimento da família natural (a única conforme com a ordem estabelecida pelo Criador) como a célula básica da sociedade política (o Estado);
4 - ou que se afirme a necessidade da política visar o bem da nação (o que é considerado um bem em si).

Todos estes conceitos e valores inversos ao progressismo, que, de uma forma mais ou menos explícita, ele sistematicamente promove ao cancelamento e ao esquecimento.

A CONSEQUÊNCIA NIILISTA DO PROGRESSISMO


No início do século XXI, o mito progressista - com base na ilusão antropocêntrica - manifesta socialmente também a sua transfiguração no niilismo, que marca a transição da modernidade para a pós-modernidade, da ilusão de onipotência humana até o desespero de seu desenlace óbvio: o nada.
A pós-modernidade niilista não se opõe à modernidade progressista, longe disso. Ela representa, de fato, uma evolução, colocando-se integralmente na sequência do processo subversivo de destruir o homem criado por Deus à Sua imagem e semelhança.

É importante lembrar que o bem de um ente é o que ajuda a perceber a sua finalidade, de acordo com a sua natureza, isto é, de acordo com o que o ente é capaz de ser e de fazer por nascimento. Por exemplo, o bem para o ente "João", que é uma pessoa humana, não é simplesmente o que é desejado por "João" (por ter sido julgado bem por ele), mas tudo o que é destinado a moldar a vida de "João" em harmonia com a natureza humana em que nele está enraizada, na qual tudo está de acordo com as inclinações da natureza humana: a conservação e desenvolvimento da vida; a união à alguém do sexo oposto; a criação e educação dos filhos...

Enfim: o conhecimento de causa e efeito de existência.
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