AS MULHERES QUE NUNCA PRECISARAM DO FEMINISMO

Um dos principais meios pelo qual a terceira onda feminista pode ser desacreditada é lembrarmo-nos da relação entre as rainhas e seus filhos.

Primogenitura foi em grande parte um fenômeno comum no noroeste da Europa, mas nos reinos do Mediterrâneo e do Leste europeu, as mulheres muitas vezes tinham de lutar e manipular para garantir que seus filhos chegassem ao trono.

Em Roma, é longa a lista de mulheres poderosas que governaram direta ou indiretamente através de seus filhos. Livia, esposa de César Augusto, é creditada como possuidora de um nível de astúcia e crueldade que não corresponde ao que foi realmente, mas a mãe de Nero, Agripina, a Jovem, foi uma dessas; disposta e capaz dos mais perturbadores métodos e manobras para tentar exercer controle sobre seu filho instável.

Em muitos casos, no mundo antigo, as mulheres dispensavam procuração e governavam diretamente. Xenobia, Boadicea, Cartimandua, Artemísia de Halicarnasso, Cleópatra do Egito e Cleópatra Thea da Síria... a lista parece ser interminável. As mulheres, mesmo em épocas e lugares que agora associamos com a máxima misoginia, exerciam poder real e até poder absoluto.

Uma suposição fundacional do feminismo da terceira onda é que as mulheres antes do sufrágio e da revolução sexual eram fracas, submissas sofredoras de abuso - e sem dúvida algumas eram - mas não todas e certamente não a maioria. Mulheres começaram guerras, lutaram em guerras e, muitas vezes, deixaram alguns homens intimidados ao lutar. Eles tinham poder real de ação, inegável; mesmo sem jamais deixarem de ser o que eram: mulheres e mães. Enquanto isso, para o feminismo moderno, a única maneira pela qual a igualdade entre os sexos pode ser alcançada é acabando completamente com as diferenças entre os sexos! E, sim: fazendo-nos crer que na mentira da fraqueza feminina pré-liberação.

O que é mais uma mentira facilmente demonstrável.

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