APENAS O POVO E A PÁTRIA



É certo que o homem de exceção - ou a elite - surge, e com ele uma nova vontade, uma nova ordem, que, muitas vezes, pode fazer ruir uma ordem bem estabelecida, proveitosa, duradoura.

Para que isso não ocorra é necessário criar um sistema que preveja a exceção e que proteja a pátria ou tome em seu proveito os indivíduos em particular - mesmo que excepcionais - e as elites futuras, que possam surgir dentre o povo. Que proteja a pátria de toda oligarquia e tiranos!

Devemos criar como que uma rede aracnídea, que permita, de bom grado, a entrada do homem de exceção e aproveite o que este tem de bom: a inovação cultural que dele costuma advir... Mas que o capture - que capture a sua vontade de poder - e resguarde a estabilidade, a tradição, a prosperidade.
Uma arquitetura tão sólida - pois assentada em diretrizes tão simples mas o mesmo tempo tão ótimas, tão fortes - que nem o artista mais talentoso possa sobrepujá-la; nem o o detalhe mais belo, mais inesperado, possa ser mais do que isso: apenas um detalhe. Onde permaneçam apenas a Tradição e a História, o Povo e a Pátria, eternamente.

Pois impérios (reinos, repúblicas, principados...) se erguem e caem... Novas ordens, sistemas políticos... Para Políbio, é cíclico; uma forma de governo sucede a outra: a tirania sucede a monarquia. A esta, sucede a aristocracia. A aristocracia torna-se oligarquia. Contra esta vem a democracia que, por fim, torna-se oclocracia. Isso todos os estatistas, todos aqueles que veem no Estado a salvação da Pátria, tem em comum: são utópicos, sonham com uma utopia, com um sonho que logo se desfará.

Porém, uma vez que a base, a raiz (a Tradição e a História, o Povo e a Pátria) permanece forte, intocada... Caiam reis e reinos! A civilização em questão (aquela Cultura), permanecerá!
Não verá um último crepúsculo... Mas sobreviverá à noite para ver uma nova manhã.
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