AS MASSAS: AGENTE DO CAOS E DA ENTROPIA



"A história ensina-nos que, no momento em que as forças morais que são o fundamento das sociedades perderam o seu domínio, as multidões inconscientes e brutais, justamente qualificadas de bárbaras, encarregam-se de realizar a dissolução final. Até agora, as civilizações têm sido criadas e guiadas por uma pequena aristocracia intelectual mas nunca pelas multidões. Essas, só têm poder para destruir. O seu domínio representa sempre uma fase de desordem. Uma civilização implica regras fixas, disciplina, a passagem do instintivo para o racional, a previsão do futuro, um grau elevado de cultura, condições estas totalmente inacessíveis às multidões quando abandonadas a si mesmas. Pelo seu poder unicamente destrutivo, elas agem como aqueles micróbios que ativam a dissolução dos corpos debilitados ou dos cadáveres. Sempre que o edifício de uma civilização está carcomido, são as multidões que provocam o seu desmoronamento. É então que desempenham o seu papel. E, por um momento, a força cega do número torna-se a única filosofia da história."

─ Gustave Le Bon, Psicologia das Multidões
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